Cirurgia Bariátrica, Obesidade e Decisão...


Oi,  Pessoas lindas!!!

Hoje, vou escrever sobre a minha obesidade, quando começou, em que momento da minha vida tomei a decisão de fazer a cirurgia bariátrica, enfim, como tudo aconteceu.

Quando pequena, até os sete anos de idade, eu tinha peso normal para o meu tamanho e altura; tudo começou aos oito anos, quando minha mãe levou-me para passar férias na casa do tio Altino, que mora em uma cidade chamada Palestina, há poucos quilômetros de São José do Rio Preto-SP. Passei lá as férias escolares inteiras, mais ou menos três meses; acho que nesse período engordei mais ou menos 10kg; lembro-me que minha mãe quase teve um infarto quando foi me buscar para voltarmos a São Paulo (se ela estiver lendo este post, vai se lembrar disso, rs!), pois ela sempre foi muito ligada em aparência e, em função disso, cuidava dos nossos hábitos alimentares com bastante rigor, rs!!

A verdade é que nunca mais consegui me livrar desses 10 kg. Junto com eles, entrei na fase da adolescência. Eu não era uma obesa mórbida, mas era fofinha; tinha esses 10 kg a mais do que seria o meu peso ideal e isso, sinceramente, não me incomodava tanto, e assim foi até os meus 21 anos. Quando engravidei pela primeira vez, engordei 25 kg; no fim da gravidez, estava com exatos 85 kg, lembro-me bem disso!

Lembro-me também que, após o parto, cheguei a perder 10 kg, mas fiquei um ano em casa sem trabalhar e amamentando, então, no final desse ano, estava com o mesmo peso do dia do parto, ou seja, engordei tudo de novo.  Resolvi, então, fazer o programa dos Vigilantes do Peso e, no final de seis meses, já havia perdido os 25 kg, sem remédio algum, somente com reeducação alimentar, mas, infelizmente não consegui manter isso por muito tempo e voltei a engordar os temidos 10 kg, tendo mantido esse peso por anos, até engravidar do meu segundo filho; nessa gravidez, engordei de novo 25 kg e cheguei a pesar 96 kg, só que como eu era mais velha (estava com 36 anos), não tive a mesma facilidade para perder peso, como aos 21 anos e, mesmo após o parto, perdi quase nada, talvez uns três ou quatro kg pós-parto, mas recuperados logo, no período de amamentação.

Fiquei cinco meses em casa de licença maternidade e férias; acabando esse período, voltei ao trabalho; eu era secretária, trabalhava com uma advogada e no escritório tínhamos um estagiário; éramos três, mas quando voltei, as coisas tinham mudado e essa advogada tinha decidido associar-se a um escritório maior de um amigo dela, com muito mais pessoas, e foi aí que começou a minha saga. Verdade, gente!!!

Esse advogado, amigo dela, não me aceitou de jeito algum, por causa da minha obesidade; discriminava-me e até mesmo praticou bullyng comigo na empresa, a ponto de chegar numa reunião e dizer, na frente de todos os presentes, que não gostava de mim porque eu era gorda, que ele queria pessoas bonitas trabalhando com ele e que por isso eu não servia. De contra partida, eu já trabalhava com a minha chefe advogada há oito anos, e quando ela aceitou essa parceria com ele, uma das exigências dela foi que eu fosse junto, pois só assim ela aceitaria a parceria, e ele havia concordado, talvez por não me conhecer pessoalmente, mas enfim, ele não podia me despedir.  Para mim, após essa reunião, a situação dentro do escritório ficou insustentável. Lembro-me que fui pra casa arrasada e chorei muito naquela noite, mas, depois que me acalmei, fiquei curiosa por saber o porquê ele havia dito aquelas coisas, então, decidi olhar-me no espelho (tenho um espelho no meu quarto daqueles grandes, para corpo inteiro), que estava mega esquecido, pois fazia muuuito tempo que eu não olhava para ele, ou melhor, para mim mesma...

Gente!! Foi um choque!!! Eu não acreditei no que estava vendo e não tinha noção alguma de como estava obesa! Eu sabia que os meus números de roupa tinham aumentado, mas nem em loja eu me olhava no espelho; experimentava a roupa e, se servia, comprava, pois não gostava de me olhar no espelho; acreditem, eu não me sentia obesa. Balança? Eu passava do outro lado da rua. Fazia anos que não me pesava e tudo isso, só pra dizer para vocês que, graças a esse Senhor, consegui cair em mim e perceber que, se eu não fizesse algo por mim urgentemente, iria cair em um abismo sem volta. No dia seguinte à reunião, conversei com minha chefe e, claro, pedi demissão. Durante essa conversa, ela me falou sobre a cirurgia bariátrica; o irmão dela acabara de fazer, então conversamos bastante a respeito; ela me passou o telefone do médico dele e eu, mais que depressa, marquei uma consulta, tendo saído do consultório completamente convencida a fazer a cirurgia bariátrica, mas, essa história vou contar no meu próximo post, pois este já ficou bem extenso né??...rs

Concluindo, eu decidi parar de trabalhar e cuidar de mim de verdade...

Beijos!
Cláu Balsabino

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3 comentários:

Unknown disse...

muito gostoso de ler. estou ansioso para ler o resto.
sou amigo da tua mãe. lembro de você bem garotinha.
um beijão.

Sueli disse...

Oi, filha, quem comentou acima foi o Marcos Buselli, marido da Ana Buselli, meus padrinhos de casamento. Realmente, eu me lembro muito bem do dia que fui buscá-la em Palestina... (Aiiiii.... melhor não me lembrar!!!...rs).

Claudia Balsabino disse...

Obrigada Marco, eu me lembro de você!
Logo tem post novo, prometo!!
Bjs!
Clau

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